A lógica é uma das partes da filosofia que, pertencendo também à matemática, objetiva determinar o conhecimento da verdade, através de operações intelectuais. Neste sentido, a lógica é uma ciência autônoma que estuda conceitos, juízos e raciocínios visando demonstrar a validade ou ambigüidade, o duplo sentido dos termos e a falta de definições precisas. A vinculação da lógica com a filosofia da ciência é, portanto, evidente, remetendo ao chamado processo decisório. Assim, serve a formulação de raciocínios coerentes, tentando evitar erros de julgamento, ajudando a entender proposições com maior clareza e distinção. A lógica constitui uma ferramenta para desenvolver cadeias de pensamento que, quando aplicadas ao contexto lingüístico, permitem reconhecer contradições e eliminar probabilidades de erro. Aristóteles é considerado o fundador da lógica formal por ter determinado que a validade lógica de um raciocínio depende somente de sua forma ou estrutura, e não de seu conteúdo. Introduziu a análise da quantificação dos enunciados e das variáveis, realizou o estudo sistemático dos casos em que dois enunciados implicam um terceiro, estabeleceu o primeiro sistema dedutivo ou silogístico e criou a primeira lógica modal, que, ao contrário da lógica pré-aristotélica, admitia outras possibilidades além de "verdadeiro" e "falso". A lógica pretende julgar a validade e verdade dos raciocínios, expressões, afirmações e operações intelectuais. Entende por verdade a concordância entre o sentido e a realidade, entre os argumentos e a verificação da existência concreta dos elementos que fornecem sustentação à argumentação. Já a validade, ao contrário, não mede a relação entre o discurso e a realidade, mas apenas o grau de correção, a coerência interna do raciocínio. A palavra lógica vem do grego “logos”, uma palavra que pode ser traduzida como razão, discurso ou linguagem. A partir desta palavra deriva o verbo “leigein”, que significa