Línguas indígenas do brasil
No Brasil, atualmente, são faladas cerca de 180 línguas diferentes, além do português. A maioria dessas línguas é falada por etnias indígenas presentes em diversas partes do território nacional, da Amazônia ao extremo sul. A realidade, no entando, é que estas 180 línguas indígenas, faladas por cerca de 200 povos, correm risco sério de extinção. Estatísticas recentes de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas apontam que de todo o universo de línguas indígenas, 110 dessas línguas são faladas por apenas 500 pessoas (1). As línguas brasileiras podem ser divididas em dois grandes troncos, Tupi e Macro-Jê, e em dezenas de famílias lingüísticas não classificadas em troncos. Este tipo de classificação genealógica é o mesmo adotado para qualquer outra língua do mundo - línguas se agrupam em famílias, em que há semelhanças e conexões estreitas entre as diferentes línguas, que por sua vez se agrupam em troncos, que são a classificação mais alta. Línguas de um mesmo tronco, mas de diferentes famílias, guardam menos semelhança entre si do que línguas de uma mesma família. O tronco Macro-Jê é formado pelas famílias lingüísticas: Bororo, Botocudo, Camacã, Carajá, Cariri, Guató, Fulniô, Jê, Masacará, Maxacali, Ofaié, Puri e Rikbaktsa. Dentre estas, a família Jê se destaca pela quantidade de línguas compreendidas: são nove ao todo, sem contar as variações dialetais - que podem chegar a oito por língua, como é o caso do Timbira. No tronco Tupi, destacam-se as famílias lingüísticas: Ariquém, Aueti, Juruna, Maué, Mondé, Mundurucu e Tupi-Guarani. Esta última engloba línguas como o Tupi, Apiacá, Cocama, Camaiurá, Guarani, Tenetehara e Zoé. A língua Xetá, pertencente a esta mesma família, está praticamente extinta. Estatísticas já antigas apontavam para apenas três falantes nativos. Situações como estas não são raras no Brasil, como já apontado. O decrescimento no número de falantes de línguas indígenas pode ser notado em praticamente