“O que é História?”, como ela é na teoria e posteriormente na prática. Em se tratando da teoria, o autor apresenta dois argumentos. O primeiro é que a história constitui um discurso a respeito demundo, onde o objeto de investigação é o passado e ressalta que passado e história são coisas diferentes, muito distantes entre si, pois o mesmo objeto que está sendo investigado pode ser visto eexplicado de muitas maneiras diferentes e isso é identificado muito bem na historiografia. Jenkins nos incita a distinguir a história do passado para que possamos enfim ter esclarecimento do que é ahistória na teoria, pois propendemos a não identificar essa diferença de que o passado é tudo o que se passou e que a historiografia é que é a história, ou seja, o trabalho dos historiadores. Eleusa exemplos para explicar essa situação: 1. O passado já aconteceu e só pode ser trazido de volta através das fontes. 2. Muitas vezes achamos que dominamos certo assunto, mas o que realmenteacontece é que dominamos certa obra de um autor que estudamos, muitas outras fontes existem. 3. Muitas situações, pessoas e acontecimentos ficaram perdidos ou não deixaram registros. Eis um dos motivospelos quais a história e passado não andam juntos, pois não se pode ter uma só leitura de qualquer acontecimento. Se geólogos, sociólogos e historiadores analisassem uma mesma paisagem não inventariamconclusões, apenas descreveriam de modos diferentes, cada um dentro da sua especialidade. Por isso nossa maneira de ler o mundo é inumerável. O autor mostra a dificuldade do historiador emconciliar o passado e a história, já que eles não costumam julgarem-se ficcionistas, embora muitas vezes fossem sem intenção. É nesse tentar conciliar que surgem três campos teóricos problemáticos,