Luzias e Saquaremas

RESUMO
Luzias e Saquaremas: Liberdades e Hierarquias – DE MATTOS, Ilmar Rohloff. IN.: ________ O Tempo de Saquarema: A Formação do Estado Imperial. São Paulo: HUCITEC, 2004. Cap 2. P. 115-141 ( Mais conclusão).

A introdução deste capítulo é sobre um provérbio imperial que mostrava a semelhança entre as duas forças políticas no Brasil imperial. Entretanto, a semelhança na forma de governar quando no poder contrastava com as diferentes no surgimento das duas designações e seus objetivos gerais. Nota-se que os saquaremas tinham um poder crescente diante dos interesses liberais, de tal forma que o predomínio liberal, findado em 1848, fora sintetizada por Paula Sousa, como um índio [os liberais] que tentava lutar contra a correnteza [poder crescente dos conservadores], até que se desfaz dos remos e deixa a correnteza o levar. Isso mostra que, apesar do provérbio imperial salientar a semelhante forma de governo entre saquaremas e luzias, havia algumas poucas diferenças de objetivos entre essas duas camadas da sociedade Imperial que, consequentemente, daria uma hierarquização sob a direção saquarema. A primeira parte do capítulo é intitulada como “Um Império e três mundos” e descreve como era formado o mundo na época dividido em três segmentos distintos: os brancos, que eram considerados a “boa sociedade” (que se confundia com a sociedade política); os “mais ou menos miúdos” e os escravos. Essa divisão correspondia aos mundos existentes dentro da sociedade imperial: o mundo do governo dos brancos; o mundo do trabalho reservado aos escravos; e o mundo da desordem, que continha homens livre e pobres, predominantemente mestiços e negros. Para luzias e saquaremas a qualificação intelectual dos movimentos existentes dependiam da localização geográfica, se no litoral, que produzia para o mercado externo (ou seja, mais desenvolvida), se no sertão. Nessa época, o espírito aristocrático se fazia presente sendo que havia uma divisão que separava cada classe e cada raça, que