Lutas Sociais na Roma Antiga
Roma apresentava um caráter expansionista e acreditava que todas as terras conquistadas eram suas por direito. No século V a IV a.C., ao caminho da formação de um Império, era necessário haver uma unificação dos setores estatais, sendo assim, os movimentos sociais do meio rural dificultaram no desenvolvimento de Roma. Este progresso atendia aos interesses individuais de determinados indivíduos, sendo estes a minoria mais favorecida, denominados patrícios. Os plebeus, a maioria trabalhadora e maior parte do exército, não possuíam o direito de exercer funções no governo da Republica Romana e tinham que pagar impostos, algo que complicou muitos plebeus pobres e descontentou os mais ricos.
A insatisfação com a falta de direitos políticos e a distribuição de terras levou a diversas lutas sociais entre as castas. A plebe se retirou de Roma, ameaçando a estabilidade da Republica e do exército romano. Estes impuseram condições para que reconsiderassem a saída, uma destes foi a exigência de um cargo de tribuno da plebe em que os plebeus poderiam levar ao Senado suas necessidades e participar nas decisões destas, inclusive com o direito de vetar leis com que não fossem de acordo. Os patrícios cederam às exigências, pois não poderiam seguir sem esta camada da população.
Outros direitos conquistados pelos plebeus foram o fim da escravidão por dividas, que afetava grande parte da população com baixa renda, igualdade civil, que permitiria a união entre indivíduos de castas diferentes e a igualdade religiosa, que permitia que plebeus exercem cargos religiosos como sacerdote. Além disso, houve a criação das leis das doze tábuas, que apresentavam as primeiras leis criadas em Roma. Estas leis dificultavam as decisões dos patrícios, que tiveram forte oposição, pois não conseguiam interpretar de maneira razoável estas leis.
No próximo século, Roma se apresentara mais estabilizada na questão das revoltas