Lusiadas
Esta segunda parte (1) constituinte da epopeia tem como (2) destinatário as Tágides, a quem o poeta pede (3) inspiração. É significativo que (4) dirija a sua invocação a entidades (5) míticas nacionais: através do seu (6) canto, tornará as águas do (7) Tejo tão (8) famosas como as de Hipocrene. O poeta joga assim com a (9) vaidade das ninfas, mas também com o seu espírito de (10) gratidão, ao (11) recordar-lhes que sempre as (12) celebrara no seu canto. Igualmente significativa é a (13) valorização do “estilo” épico por (14) comparação com o (15) lírico. O épico é um estilo que está em (16) consonância com a (17) grandeza dos feitos e heróis que vai cantar, “(18) Se tão sublime preço cabe em verso”. Constitui este mais um momento de engrandecimento do herói lusitano. Pela leitura da proposição e invocação das (19) epopeias da Antiguidade, Ilíada, Odisseia e Eneida, constata-se que (20) só em Os Lusíadas, epopeia (21) renascentista, o herói épico é um (22) povo, um herói colectivo.
Camões dedica o seu poema a Rei D. Sebastião, a quem louva pelo que representa para a independência de Portugal e para o