luneta magica
A Luneta Mágica, publicada em 1869 por Joaquim Manuel de Macedo, é um misto de contos de fadas bem diferente das obras mais famosas do autor.
No livro, Joaquim Manuel de Macedo apresenta de forma humorada e crítica a ambiguidade entre o bem e o mal e a situação sócio-cultural do final do Segundo Império, em um enredo que se assemelha à ficção científica.
Resumo
Simplício, narrador e protagonista, é míope física e moralmente. Fisicamente é incapaz de distinguir qualquer coisa a duas polegadas dos olhos e moralmente é incapaz de ponderar a realidade com bom senso e sabedoria.
O rapaz, parvo e ingênuo, tornara-se órfão aos 12 anos de idade e, por isso, vivia com o irmão Américo que cuidava da herança, com a tia Domingas e com a prima Anica.
Simplício, após várias tentativas frustradas, descobre através de Reis, o gravador de vidros, que um armênio vindo da Europa possuía habilidades mágicas e, talvez, pudesse fabricar as lentes que o ajudariam com a miopia.
Desejoso de enxergar o mundo, Simplício encontra com o armênio que lhe entrega uma luneta mágica, advertindo-o que, se a luneta for fixada por mais de três minutos em alguém ou alguma coisa, a visão do mal será apresentada e se for fixada por mais de treze minutos, a visão do futuro ficará acessível, mas neste caso, a luneta se quebraria antes.
Em casa, maravilhado com tudo que conseguira ver com a luneta, Simplício, acreditando ser impossível ver o mal em tais maravilhas, passa a fixar a luneta por mais de três minutos e começa a ver maldade em tudo e todos. Os animais e insetos parecem cruéis em suas atividades diárias, o sol é feio e terrível e as pessoas são más, mesquinhas e interesseiras. A desconfiança cresce em Simplício e ele passa a desconfiar de todos.
A cidade inteira e sua família acreditam que ele está ficando louco. Triste e desolado com a situação, Simplício encontra novamente o