Resumo Paulo Silva, homem provinciano recém formado bacharel, conta que conheceu Lúcia no dia em que chegou ao Rio de Janeiro. Fica impressionado com sua beleza e seus modos ingênuos. No dia seguinte é apresentado a ela por seu amigo Dr. Sá, durante a festa de Nossa Senhora da Glória. Nesta ocasião é que fica sabendo que Lúcia é a prostituta mais requintada e disputada do Rio do Janeiro. O narrador, no entanto, fica intrigado com o jeito da meretriz: ela tem uma “expressão cândida no rosto e a graciosa modéstia do gesto.” Alguns dias depois, Paulo vai à casa de Lúcia, desejoso de possuí-la em seus braços. Depois de uma longa e animada conversa, Paulo percebe que há certo pudor na cortesã: seu perfume é suave e, com um simples despontar da curva do seio num movimento, ela arruma o vestido discretamente, enrubescendo. Todas essas circunstâncias levam Paulo a duvidar se ela é mesmo quem dizem ser. Intrigado, comenta o ocorrido com Dr. Sá, seu amigo, que lhe adverte que ela é excêntrica: só se entregava a quem queria e a quem lhe desse muito dinheiro. No dia seguinte, Paulo retorna à casa de Lúcia, certo de que aquela farsa teria de acabar. Tinha de possuir aquela mulher de qualquer jeito. Ele a assedia, pelo que ela enrubesce novamente e derrama duas lágrimas. Paulo irrita-se com aquele gesto e afirma aborrecidamente que ela não esperasse cortejos, pois ele já sabia que tipo de mulher ela era. Lúcia reage e entrega-se completamente a ele, que fica perplexo diante daquela mulher totalmente ardente e desfigurada. Quando ele vai pagar, ela não aceita. Sem entender o motivo disso, ele vai embora. Pouco tempo depois, Paulo vai assistir a uma ópera com Cunha, amigo do Dr. Sá e lá avista Lúcia observando-os do camarote. Ao perceber seu interesse por Lúcia, Cunha passa a dar detalhes do comportamento excêntrico da cortesã. Paulo nota o quanto é admirada, pois recebe presentes de vários homens. Convence-se, então de que ela é prostituta por prazer. Após a ópera,