Lucio Costa e o concurso do Ministério da Educação e Saúde
* Lúcio Costa foi considerado pelos demais arquitetos da sua geração como líder intelectual da nova arquitetura brasileira, pelo seu gosto pela reflexão, sua segurança e sua lógica nos raciocínios.
* Lúcio não inovou, aceitando as propostas dos pioneiros do racionalismo
* Seu ponto de partida veio de Le Corbusier, pois este tratava dos problemas técnicos, sociais e plásticos como se fosse um só.
* Um dos maiores desafios de sua carreira aconteceu em 1936, no concurso para a escolha do projeto para o edifício do Ministério de Educação e Saúde no Rio de Janeiro.
* O ministro Gustavo Capanema decidiu pagar o valor do prêmio ao vencedor mas não executou o projeto escolhido, convidando Lúcio Costa, mesmo desclassificados, para apresentar um novo projeto, pois ele era a figura de maior destaque entre os integrantes da arquitetura moderna, por seu desempenho na Escola de Belas Artes em 1930/31 e por suas teorias.
* Lúcio Costa não achava justo se beneficiar sozinho desta oportunidade, e pediu ao ministro que autorizasse além de seu anteprojeto, o de mais três apresentados no concurso ( Caio Leão. Affonso Reidy e Jorge Moreira), colocando eles como autores convidados. A equipe teve inicio com Lúcio Costa e mais três arquitetos, contando posteriormente com a presença de Ernani Vasconcellos que acarretou na entrada de Oscar Niemeyer. Os seis arquitetos eram formados na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e partilhavam das mesmas preocupações e da mesma admiração à obra de Le Corbusier.
* A equipe iniciou o anteprojeto, que não obteve resultados satisfatórios. O fato resultou no convite a Le Corbusier para vir ao Brasil como arquiteto consultor não só do projeto do ministério, mas também da Cidade Universitária do Rio de Janeiro.
* Corbusier rejeitou as propostas apresentadas e partiu do zero. Para ele, um único bloco sobre pilotis era a solução mais apropriada para o programa do