A notícia do Jornal Pequeno, do estado do Maranhão relata um assassinato feito por um homem em sua esposa, onde ele se encontrava embriagado no momento. A banalização da violência contra a mulher já se encontra no momento que o título da notícia é lida, culpabilizando somente um ataque de ciúmes após uma “bebedeira”, descrita no decorrer da notícia. O jornal afirma que antes do delito houve algumas discussões por conta de um ciúme de um amigo, e coloca em foco a embriaguez do sujeito, sem colocar em questão os históricos de violência tanto do homem, quanto cultural da sociedade brasileira. Põe-se na notícia um pensamento de que a morte de uma mulher torna-se justificável quando se está embriagado. A Violência contra torna-se banalizada com a atitude de um homem embriagado, e minimizada sem nenhuma reflexão ao longo da notícia a respeito da violência contra a mulher e seu avanço ao longo dos anos. Não se tem nenhuma análise crítica de como combater, ou do nível de violência em que o estado do Maranhão se encontra, apenas a descrição do fato, como se fosse um fato diário, sem importância. O modelo de meio de comunicação que se encontra no Brasil vem numa perspectiva nova do neoliberalismo, que avançou nessa condição pós moderna que avançou após o término da ditadura militar. Os meios de comunicação não demonstram nenhuma análise crítica e reflexiva dos fatos, se mostrando desnecessário alguma reflexão sobre um respectivo assunto, o jornalismo se torna um espaço exclusivo para reportar e descrever fatos, sem qualquer tipo de alimentação ao intelecto da população leitora.