Luciana Santos
A indústria de aviação civil no Brasil possui um grande potencial de crescimento, o país possui dimensões continentais, e a estabilidade econômica que foi alcançado nos últimos anos vêm impulsionando o desenvolvimento de todas as regiões do país, desta forma os pólos econômicos e produtivos não estão mais limitados ao eixo Sul-Sudeste, sendo cada vez mais necessária a integração de todas as regiões. Neste cenário acompanhado por um maior poder aquisitivo da população e pela popularização das viagens aéreas, junto a redução das tarifas promovidas pelo aumento de concorrência e desregulamentação do setor, o número de usuários tende a manter o crescimento dos últimos anos. Porém para que não ocorra um novo Apagão Aéreo, serão necessários investimentos muito altos na manutenção e ampliação da infra-estrutura aeroportuária e na modernização e ampliar do controle de tráfego aéreo. Já existem diversas obras sendo realizadas e várias outras em estudo ou em fase de licitação, que se deram a partir do lançamento do PAC, existem ainda outros fatores que devem ser grandes impulsionadores da ampliação da infra-estrutura não só aeroviário, mais do transporte de um modo geral no país, que são a realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014, que terá jogos em vários estados brasileiros e as Olimpíadas de 2016 que será realizada na cidade do Rio de Janeiro em 2016, mais que provavelmente abrangerá outras cidades do estados e também outros estados. Uma forma de avaliarmos o potencial de crescimento do setor é compararmos com os níveis dos países que possuem uma aviação mais estruturada como o Estados Unidos, onde em 2008 foram transportados mais de meio bilhão de passageiros, enquanto no Brasil este número foi de aproximadamente 48 milhões. Outro ponto importante é que apenas 2% das cidades brasileiras são atendidas por uma malha aérea regular, a maioria da população se utiliza de ônibus para viagens regionais e interestaduais, muitas vezes