Lucas

2.1.4.1 Os precedentes
Segundo Motta, o estruturalismo, palavra a qual a teoria da burocracia faz parte, veio a fazer parte do vocabulário das ciências sociais em 1858 graças H. Spencer que a usou fazendo uma comparação com o conceito de função; fazendo uma análise às funções anatômicas.
Ainda segundo Motta, o primeiro teórico significativo das organizações foi Max Weber, sociólogo alemão nascido em 1864, que foi o criador da teoria burocrática.
Weber deixou inúmeros escritos esparsos que, organizados por sua viúva e por outros cientistas sociais tem exercido enorme influencia no desenvolvimento das ciências sociais e, em particular, da teoria das organizações. (MOTTA E VASCONCELOS, 1989)
Segundo Maximiano, seu livro mais famoso, mesmo que feito a partir de fragmentos, foi Economia e sociedade. No ano de 1930, o sociólogo ameriano Talcott Parsons traduziu A ética protestante e o espírito do capitalismo, fazendo com que as obras de Weber fossem divulgadas em âmbito internacional. Nos anos 40, seus textos sobre a burocracia foram traduzidos para o inglês.
Para Weber, segundo Maximiano, as organizações formais modernas são baseadas em leis, que a sociedade aceita por acreditarem que são racionais, ou seja, definidas em função da vontade das próprias pessoas e não para satisfazer aos caprichos arbitrários de um dirigente. As pessoas que fazem parte das organizações modernas também aceitam que algumas pessoas representem a autoridade da lei: guardas de trânsito, juízes, prefeitos e gerentes.
“A autoridade é contrapartida da responsabilidade que têm essas pessoas de zelar pelo cumprimento da lei. A obediência, devida às leis, formalmente definidas, e às pessoas que as representam, que agem dentro de uma jurisdição. Qualquer sociedade, organização ou grupo que se baseie em leis racionais é uma burocracia.” (MAXIMIANO, 2010)
2.1.4.2 Tipos de autoridade
De acordo com Weber, existem três tipos de sociedade, a sociedade tradicional, que é onde predominam