Lubrificantes
A qualidade de um lubrificante é comprovada após a aplicação e avaliação de seu desempenho nas condições desejadas. Esse desempenho é diretamente ligado à composição química do lubrificante, resultante do petróleo bruto, da utilização e refino dos aditivos e do balanceamento em sua formulação. Essa combinação dá ao lubrificante certas características físicas e químicas, que permitem um controle geral de sua uniformidade e do seu nível de qualidade. Nesta seção, será feita uma análise dessas características e propriedades.
1 VISCOSIDADE
Viscosidade é a principal propriedade física de um óleo lubrificante. Essa característica consiste na resistência que um fluido oferece ao escoamento, ou seja, está relacionada ao atrito entre as moléculas de uma substância. De um modo mais simples, podemos associar essa propriedade ao aspecto do óleo: um óleo muito viscoso é “grosso” e flui com dificuldade, enquanto um óleo pouco viscoso é “fino” e escorre facilmente.
Essa propriedade permite a análise de certos aspectos de um óleo lubrificante. Caso a viscosidade sofra redução, pode ter ocorrido uma contaminação por combustível ou outro produto menos viscoso. Se a viscosidade aumentar, o fluido pode ter sofrido uma oxidação, contaminação com outro óleo mais viscoso ou pode haver água ou sólidos em suspensão no líquido.
Para que se possa medir a viscosidade, utilizam equipamentos chamados de viscosímetros, que são constituídos por tubos capilares de vidro próprios para restringir o fluxo dos líquidos. Esses testes costumam ser feitos a uma temperatura padrão e também na temperatura em que o lubrificante será utilizado.
Os principais tipos de viscosímetros usados são os do tipo Saybolt e cinemático. Além desses, há outros como o Engler e Redwood, utilizados respectivamente na Alemanha e Inglaterra.
No viscosímetro Saybolt, a viscosidade é dada pelo tempo, em segundos, necessário para que 60 cm³ de óleo escorram