Lubrificante
O emprego de lubrificante sólido tem a finalidade de substituir a película fluída por uma película sólida, principalmente onde houver casos de lubrificação limite. Dos minerais mais usados destacam-se o grafite, o bissulfeto de molibdênio, a mica e o talco. De um modo geral estes sólidos apresentam boas propriedades de untuosidade e são capazes de resistir a elevadas temperaturas e pressões. Os dois primeiros citados são os que apresentam aplicações mais destacadas como lubrificantes sólidos. Para o bissulfeto de molibdênio em virtude de sua grande aplicação em todo tipo de equipamento industrial, dedicaremos um capitulo á parte. O grafite natural é constituído por carbono na forma cristalina sendo usado principalmente aquele que apresenta estrutura lamelar (sob a forma de escamas ou lâminas), o qual permite moagem em diversos graus de finura, sem perder sua estrutura original. Geralmente são macios e untuosos ao tato, constituídos praticamente de carbono quimicamente puro( 99% mínimo C). Os tipos produzidos para finalidades lubrificantes sofrem tratamentos especiais de moagem e defloculação, com soluções aquoasas de tanino, obtendo-se o chamado “grafite coloidal”, cujas partículas são de dimensões coloidais, compreendidas entre 0,1 a 1 micron. Consideram-se que principal vantagem dos lubrificantes grafitados repouse em sua capacidade de formar filmes sobre as superfícies metálicas dos mancais equipamentos mecânicos, proporcionando assim baixos coeficientes de fricção. Nas temperaturas ordinárias, o grafite não é atacado por ácidos, álcalis e halogênicos em geral: não se combina com o oxigênio até que prevaleçam temperaturas de ordem de 593ºC acima do qual passa o gás carbônico. O grafite apresenta uma dureza na escala de Moh igual a 1 e sua densidade varia de 2,7 a 3,1.