Love Someone
Parei o carro em um posto de gasolina deserto. A madrugada era quieta e sem nenhum barulho de carro, o que era meio difícil numa cidade grande como Los Angeles. Tudo bem, era de madrugada, mas não importava que horas eram, os fluxos de carro eram sempre constantes mesmo assim. Olhei para janela e não vi nem mesmo o garoto sardento que trabalhava no posto. Estava só. Então, simplesmente deitei o meu banco e fiquei fitando o teto do carro, pensando em toda minha vida.
Fui criada por duas pessoas completamente distintas. Meu pai, Nathan, era explosivo e na maioria das vezes ignorante, tendo acessos a fúria constantemente. Já minha mãe, Verônica – ou Ronnie, como preferir – era o oposto, mas mesmo assim conseguia ser pior que meu pai as vezes. Ás vezes, ela demonstrava que nem ao menos me amava, e aquilo era frustrante para uma adolescente que necessitava de atenção.
Nicholas – meu irmão mais novo e mais bonito – foi o único que talvez tenha dado certo nessa família. É calmo e paciente, diferente de todos nós. Ele é sempre o que vem até mim se preocupando e me abraçando calorosamente, me fazendo chorar na maioria das vezes. Às vezes me pergunto se ele é um anjo que Deus colocou em nossas vidas. Eu simplesmente não sei como pude merecer um irmão assim, com tanto amor para me oferecer.
Amor. Uma palavra com tantos significados, que leva até mesmo ao ódio, a dor e ao rancor. Para sentimentos tanto bons, como ruins. Do êxtase para o fundo do