Logoterapia
Introdução
“Viktor Frankl, o criador da logoterapia, aceitou a indicação de outros autores de situar sua teoria dentro da psicologia humanista ou da psiquiatria existencial (Frankl, 1983)” (pág. 68) [porém pontuou as diferenças entre essas orientações].
“(...) termo auto-realização, o qual tenderia a enfatizar demasiadamente a possibilidade de a pessoa se realizar em si mesma. Para a logoterapia, esta realização só ocorre após o sentido de vida ser concretizado, o que é possível quando o indivíduo sai de si, ao encontro de alguém ou de algo que está no mundo. Por isto, Frankl prefere falar de autotranscendência, como pré-requisito para a realização.” (pág. 68).
“Já Frankl afirma que a vida sempre tem sentido, o qual está no mundo, sendo simplesmente necessário que este sentido seja "descoberto" pela pessoa.” (pág. 68).
“Conscientizando-se a pessoa da questão do sentido, o qual é realizado pela concretização de valores, cria-se uma responsabilidade para o ser humano, o que Frankl marcava como um dever-ser (Frankl, 1978, p. 198).” (pág. 68-69).
“E mais ainda, ao trazer para a psicoterapia, através da logoterapia e da análise existencial, a reflexão sobre a liberdade e a responsabilidade, traz para este campo um poder-ser do ser humano, pois a liberdade lhe abre possibilidades que podem ou não ser concretizadas.” (pág. 69).
“(...) Frankl assinalava a necessidade de agregar à visão de homem uma dimensão mais além das dimensões física e psíquica, lembrando que apesar de o homem ser uma unidade físico-psíquica "esta unidade não constitui o homem total; precisamente o espiritual é que institui, funda e garante a totalidade do homem" (Frankl, 1991b, p. 117). Frankl admite que "a logoterapia é o resultado de uma aplicação dos conceitos de Max Scheler à psicoterapia" (Frankl, 1970, p. 10).” (pág. 69).
“Vemos que Frankl presta, nas linhas