Construir a paz é um trabalho para ser feito em grupo. Como deixar de culpar os outros e assumir as responsabilidades do que se pode mudar como fizeram grandes homens e mulheres. Quando não nos vemos fazendo parte do todo, temos a impressão de que não precisamos cuidar do lugar onde vivemos, como se isso fosse uma obrigação do outro. O mundo parece contraditório, como se fosse regido por forças antagônicas. Enquanto uns lutam pela paz, outros seguem na direção do conflito. Há muito tempo tem sido assim. Na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, de um lado existiu Hitler, que coordenou uma tropa de alemães e matou milhares de judeus. Do outro, estava Irena Sendler, uma polonesa, assistente social, que salvou mais de 2 mil crianças judias quando os alemães invadiram Varsóvia, capital de seu país. “Todos os dias, ela ia ao gueto onde os judeus ficavam encarcerados até morrer de fome. Roubava um ou dois bebês e os colocava na ambulância que dirigia. Chegou a treinar seu cachorro para latir quando um deles chorasse e assim despistar os militares. Depois de recolher as crianças, as entregava nos conventos próximos para ser adotadas”, segundo o relato de Lia Diskin. Em outro momento histórico, na década de 1960, após anos de horrores da Guerra do Vietnã, o movimento hippie surgiu nos Estados Unidos clamando por paz e amor com um gesto que forma a letra V com os dedos e que também significou o V da vitória com o fim da guerra. Na mesma época, o ex-beatle John Lennon lançou Imagine, que se tornou uma espécie de hino pacifista ao convocar o mundo a imaginar todas as pessoas vivendo em paz. Atualmente, vemos a guerra no Oriente Médio, onde praticamente todos os dias morrem pessoas. E, em contrapartida, há ações como a que se formou na rede social do Facebook chamada Turning a New Page for Peace (construindo uma nova página para a paz), com pessoas de diferentes nacionalidades, principalmente israelenses e palestinos, que travam uma guerra religiosa há