logistica
Dono de um Lifan 320 há um ano, Bergamaschi se acostumou e até se diverte com as piadas preconceituosas para cima de seu "Mini Cooper chinês".
- Quando falo que meu carro está com 12 mil quilômetros rodados, o pessoal fala que isso corresponde a 40 mil quilômetros em um carro brasileiro, sugerindo que o desgaste do modelo chinês é maior... - brinca.
Essa imagem continua a ser um obstáculo para os fabricantes. Ainda mais depois da nova política do IPI, quando os modelos chineses tiveram seus preços aproximados dos rivais nacionais.
- Era mais fácil trabalhar o veículo chinês pois o custo/benefício fazia com que o cliente aceitasse um possível risco. Com a questão do IPI, há um trabalho maior para mostrar que os chineses são superiores - diz Paulo Perez, presidente do Grupo Shineray, que depois de se estabelecer com motos, passou a importar também picapes e vans.
O custo/benefício agressivo é o principal atrativo dos produtos chineses.
- É um carro todo completo, com motor 1.3. Um nacional com todos esse itens sairia bem mais caro
- Independentemente da confiança do consumidor, a entrada das marcas chinesas serviu para adequar o mercado e torná-lo mais exigente. Hoje há compactos brasileiros com o mesmo preço de um ano atrás, só que mais equipados - pondera Paulo Roberto Garbossa.
Só não há receita para se defender das maldosas provocações contra os carros chineses.
A Lifan adiou os planos de construir uma fábrica no Brasil. O motivo principal seria a “instabilidade”