Logistica - Viabilidade Trem
A demanda de passageiros é uma das maiores interrogações no projeto do trem de alta velocidade (TAV), que unirá as duas principais metrópoles brasileiras. Cálculo preliminar feito pelo Ibmec-RJ a partir das variáveis do edital, como investimento inicial, tarifa, percurso e capacidade, indica que seria necessária lotação integral durante toda a operação entre Rio e São Paulo para garantir a viabilidade econômica do trem-bala. "É um cálculo preliminar, porque não dispomos de informações abertas de todos os itens necessários para um estudo mais aprofundado. Tomando como referência o teto da tarifa, a viabilidade econômica - do ponto de vista pura e simplesmente do investidor - se daria com uma taxa de ocupação de quase 100% do uso dos trens, o que é inviável, basicamente impossível", explica Luiz Magalhães Ozório, professor de Finanças do Ibmec.
Os professores chamam a atenção para a taxa de ocupação atual da ponte aérea Rio-São Paulo, um dos corredores nacionais mais rentáveis de transporte de passageiros: 57%. "Obviamente, algumas companhias conseguem a totalidade em alguns horários, mas não todo o tempo
O superintendente executivo da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Hélio Mauro França, afirmou nesta terça-feira (19) que os estudos realizados para a implementação do TAV (Trem de Alta Velocidade) comprovaram que o empreendimento tem sustentabilidade financeira e é economicamente viável, tornando desnecessário o aporte de mais dinheiro do governo além do estimado de R$ 34,6 bilhões. Desse total, 60% serão financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O projeto foi testado dentro das nossas metodologias de avaliação e mostra sustentabilidade, com os padrões de demanda que foram identificados, com os níveis de tarifa que foram adotados, então a simulação mostra que o empreendimento é viável economicamente, ele tem sustentabilidade financeira.
Ele afirmou ainda que o governo não está