logistica da batata ruffles
No Brasil, a Pepsico implantou um sistema Just In Time para as batatas utilizadas na produção dos salgadinhos Ruffles. Isso desobriga tanto a indústria como o produtor de investirem em custosos armazéns refrigerados.
O Brasil é o único país que em menos de 48 horas após a colheita, as batatas entram na linha de produção, entre os mais de 200 países em que a gigantesca multinacional atua.
Quarenta e cinco produtores do Paraná, Goiás, São Paulo, e Minas Gerais fornecem quase 500 toneladas de batatas por dia para a Pepsico. Quarenta e oito horas é o tempo máximo que, depois de colhida, a batata deve levar para ingressar na linha de produção. Cinco fábricas processam as batatas de quatro marcas nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
As batatas chegam às fábricas selecionadas e lavadas. A análise da qualidade da safra é feita pelo próprio agricultor, em um laboratório montado em sua propriedade. O caminhão descarrega 30 toneladas em uma esteira nos fundos da fábrica. Ali começa a linha de produção.
A primeira etapa é descarregar toda a carga. As batatas entram em cilindros abrasivos que giram em alta rotação, para retirar a casca. Por um fluxo de água, as batatas seguem para um equipamento onde serão fatiadas. Dentro de cilindros equipados com lâminas afiadas, elas giram em alta rotação e são cortadas em fatias de 1mm de espessura, os chamados chips. Em uma frigideira com capacidade para seis mil litros de óleo, os chips são fritos em poucos segundos. A temperatura ultrapassa 170 graus Celsius.
A qualidade das batatinhas fritas é avaliada automaticamente ainda na esteira. Um escâner verifica a cor dos chips.