Meia vida na radioatividade
Tempo de meia-vida
Quando um radionuclídeo emite partículas alfa ou beta, ele se transforma, como sabemos, em outro nuclídeo diferente. Assim, à medida que o tempo passa, a quantidade de radionuclídeo vai diminuindo.Tempo de meia-vida ou período de semidesintegração (representado por t1/2 ou P) é o tempo necessário para que metade da quantidade de um radionuclídeo presente em uma amostra sofra decaimento radioativo.Quando a massa de um radioisótopo se reduz à metade, também se reduzem à metade o número de átomos, a quantidade em mols e a atividade radioativa (desintegrações por segundo) desse radioisótopo.O tempo de meia-vida é uma característica de cada radionuclídeo e não depende da quantidade inicial do radionuclídeo nem de fatores como pressão, temperatura e composição química do material (lembre-se de que radioatividade é um fenômeno nuclear, e não químico).
Graficamente, podemos representar o processo de decaimento radioativo através da chamada curva exponencial de decaimento:
Aplicação da radioatividade
Método da datação com carbono-14
Na natureza existem três isótopos do carbono: o C12, com abundância de 98,9%, o C13, com abundância de 1,1%, e o C14, com abundância de 0,000001%.O menos abundante deles, o carbono-14, é radioativo; ele emite partículas beta. Dizer que o teor de carbono-14 é 0,000001% equivale a dizer que em cada bilhão (IO9) de átomos de carbono, dez são de carbono-14. Isso é o mesmo que dizer que há 10 ppb (ou seja, 10 partes por bilhão) de carbono-14.Esse isótopo forma-se na alta atmosfera, onde continuamente está ocorrendo uma transmutação nuclear causada pela colisão de nêutrons cósmicos (vindos do espaço) com átomos de nitrogênio do ar:
O carbono-14 formado incorpora-se à atmosfera na forma de C02. Por meio da fotossíntese, processo que utiliza C02 da atmosfera, esses átomos de carbono-14 passam a fazer parte dos seres vivos fotossintetizantes e, através das cadeias alimentares, também dos demais