Locki e robbe
2683 palavras
11 páginas
Thomas HobbesLeviatã
“Para bem compreender o poder político e derivá-lo de sua origem, devemos considerar em que estado todos os homens se acham naturalmente, sendo este um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhes as ações e regular-lhes as posses e as pessoas conforme acharem conveniente, dentro dos limites da lei da natureza, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem.”
John Locke
Segundo Tratado sobre o Governo
1. Introdução O pensamento iluminista do século XVIII europeu é filho de um contexto histórico interessante, onde o destaque está na ascensão da burguesia européia e na permanência da aristocracia em certos momentos. O Iluminismo não foge às influências de seu tempo, pelo contrário, apresenta a filosofia com certo caráter utilitário no favorecimento do espírito burguês, mas num contexto onde a aristocracia não havia sido extinta.
O que lemos na filosofia iluminista é a utilização sintética dos argumentos racionalistas e empiristas para defender a visão de mundo burguesa. Não sendo o Iluminismo uma escola filosófica que trabalhe com a necessidade de criar uma nova teoria do conhecimento, mas sim dar uma outra perspectiva às que já existiam, cabe-nos identificar como é construída esta herança.
Da tradição racionalista, a principal herança utilizada pelos Iluministas é a filosofia cartesiana. A teoria do conhecimento de Descartes está fundamentada na valorização da dúvida, na reflexão metafísica como fundamento do saber; no sujeito cognitivo como base do conhecimento; na resposta relativa ao problema da verdade e na busca de um conhecimento prioritariamente progressivo e construtivo, o qual só pode ser dado através da mente, consistindo na valorização da verdade formal [1]. “Filha emancipada do cartesianismo, a filosofia do Iluminismo deve a Descartes (...) o gosto do raciocínio, a busca da evidência intelectual, e, sobretudo, a audácia de exercer livremente seu juízo e