lobotomia
A lobotomia é uma intervenção cirúrgica realizada no cérebro, na qual são cortadas as vias que comunicam os lobos frontais ao tálamo e outras vias frontais associadas. Antigamente, foi muito utilizada em casos severos de esquizofrenia, depressão e ansiedade. Mas também podia ser praticada em pessoas emotivas, difíceis de lidar ou “mal- humoradas”, sendo considerada a técnica pioneira e de maior sucesso na psicocirurgia. Mas no século 19, no começo da psiquiatria, ela foi considerada crime contra a humanidade, pela comissão dos cidadãos mundiais para os direitos humanos. O caminho do picador de gelo:
A lobotomia é um tipo de neurocirurgia, ou cirurgia realizada no cérebro, conhecida como psicocirurgia. A ideia da psicocirurgia é que formas graves de doenças mentais podem ser tratadas mudando-se o funcionamento do cérebro. Os médicos acreditavam que, cortando as ligações entre os lobos com o resto do cérebro, eles conseguiriam acalmar as emoções dos pacientes e estabilizar suas personalidades sem acabar com sua inteligência e funções motoras.
As primeiras lobotomias foram feitas em 1935 pelos neurologistas portugueses Dr. Antonio Egas Moniz e Dr. Almeida Lima. Inicialmente, eles abriam orifícios no crânio nos dois lados do córtex pré-frontal e injetavam álcool nas fibras conectivas para destruí-las. Entretanto, esse procedimento resultou em muitas complicações, como lesão em outras partes do cérebro.
Em 1936, o neurologista e psiquiatra Dr. Walter Freeman, e seu parceiro, Dr. James Watts, começaram a realizar lobotomias nos Estados Unidos. Dez anos depois, Freeman aperfeiçoou um novo método. Freeman queria descobrir uma técnica que fosse mais rápida, acessível e barata, então, decidiu chegar ao córtex pré-frontal através da cavidade ocular.
Freeman praticou primeiro em cadáveres usando um picador de gelo, o que fez o método ficar conhecido como "lobotomia com picador de gelo". Após atravessar logo acima da cavidade ocular, Freeman conseguia ter