Lobo Guara
O lobo-guará também conhecido como guará, aguará e aguaraçu, é o maior canídeo nativo da América do Sul e a única espécie do seu gênero. A espécie não está diretamente ligada a nenhum outro gênero de canídeos e aparentemente é uma relíquia da fauna pleistocênica da América do Sul, que desapareceu, na maioria, após a formação do Istmo do Panamá.
O lobo-guará habita as pradarias e matagais da América do Sul central, com distribuição geográfica indo desde a foz do rio Parnaíba, no nordeste do Brasil, passando pelas terras baixas da Bolívia, o oeste dos Pampas del Heath, no Peru e ochaco paraguaio, até o estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Evidências da presença do lobo-guará na Argentina podem ser encontradas até o Paralelo 30, sendo que recentes avistamentos foram reportados na província de Santiago del Estero. Eles provavelmente também habitam o norte do Uruguai. Sua presença neste país foi confirmada através da captura de um espécime em 1990, mas desde então não foi reportado mais nenhum avistamento.
Os biomas de sua ocorrência no Brasil são: cerrado, veredas, Pantanal, Campos do Sul, parte da caatinga e Mata Atlântica, sendo frequentemente encontrado nos Campos Gerais, região do estado do Paraná, próximo à cidade de Guarapuava, cidade esta cujo nome é uma referência ao animal.10
De uma população total estimada em 23 600 indivíduos, cerca de 21 746 encontram-se no Brasil, 880 no Paraguai e 660 na Argentina. O número de indivíduos na Bolívia provavelmente não excede os 1 000 animais. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), o estado de conservação da espécie é pouco preocupante, mas no Brasil o lobo-guará é considerado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade(ICMBio) uma espécie ameaçada de extinção, com estado de conservação vulnerável.