Lizes
- Cérebro como sistema holográfico:
A holografia usa câmaras sem lentes para registrar informações de uma forma que guarda o todo em cada uma das partes. Um aspecto interessante é que, se a placa holográfica que está gravando a informação quebrar, qualquer pedaço individual pode ser usado para reconstruir a imagem inteira. A holografia demonstra que é possível criar processos em que o todo pode ser codificado em todas as partes, de tal modo que todas e cada uma delas represente o todo. A evidência holográfica enfatiza uma forma de inteligência mais descentralizada e distribuída. Quando se trata do funcionamento do cérebro, parece que não existe nenhum centro ou ponto de controle.
- Paradoxo de ser holográfico e especializado:
As explicações holográficas enfatizam a característica do funcionamento do cérebro de "estar em toda parte". Diferentes elementos são envolvidos nos sistemas de "processamento paralelo", gerando sinais, impulsos e tendências que contribuem para o funcionamento e o caráter do todo. apesar deste caráter distribuído, porém existe forte dose de especialização do sistema. Parece que o cérebro tanto é holográfico como especializado!
Este paradoxo é claramente ilustrado nos resultados da pesquisa sobre a "divisão do cérebro", que mostram que o hemisfério direito do cérebro desempenha um papel predominantemente criativo, intuitivo, emocional, acústico e funções de reconhecimento de padrão e controla o lado esquerdo do corpo. O hemisfério esquerdo está mais envolvido com as funções racionais, analíticas, dedutivas, lingüísticas, visuais e verbais e controla o lado direito do corpo. Sem dúvida, existe um alto grau de especialização por parte de cada hemisfério, mas os dois estão sempre envolvidos em qualquer atividade.
Não existe uma inteligência principal, centralizada! O cérebro como um sistema empenha-se num conjunto incrivelmente diversificado de atividades paralelas que fazem