Livro
Para o autor, atualmente, emerge um fenômeno. a sociedade do espetáculo, do escândalo, do voyerismo, que preenche seu tempo com infortúnios alheios. Segundo, essa “indústria de diversão”, de maneira quase imperceptível, vai determinando o que as pessoas devem ler assistir, vestir e comer, condicionando-lhes em vários aspectos, o que as afasta cada vez mais de si próprias, do autoconhecimento, de sua real condição humana, e da própria compreensão da vida e do mundo que a cerca.
Para Llosa “cultura do entretenimento” está marcada pela massificação, trivialidade, frivolidade, mediocridade e bisbilhotice, reduzida a pura mercadoria que, em vez de elevar o indivíduo, “imbecializa-o, privando-o de lucidez e livre-arbítrio”.
Llosa, ao longo do livro, examina inúmeros temas ligados à cultura na sociedade contemporânea, desde artes plásticas, música, cinema, religião e política, apontando, em cada qual aquilo que ele acredita serem desvios de rota.
O autor, não poupa críticas à literatura que vem ganhando espaço, voltada para vampiros e bruxos. Fica inconformado ao relatar passagem do professor Joe O’Shea, filósofo da Universidade da Flórida, que afirmou: “sentar-se e ler um livro de cabo a rabo não tem sentido. Não é um bom uso de meu tempo, já que posso ter toda a informação que quiser com maior rapidez através da Web”. Ao que Llosa, prontamente, responde: como ser ler