Livro “Um discurso sobre as ciências 16 anos depois"

Livro “Um discurso sobre as ciências 16 anos depois"

“Um discurso sobre as ciências 16 anos depois, escrito por João Nunes, é um livro que defende a obra de Boaventura de Sousa Santos e dá seguimento ás críticas de António Baptista, salientando que todas estas publicações contribuiram para melhor se entender o que é ciência.
Com toda a argumentação de “Um Discurso” de BSS deixa claro que, ao contrário dos muitos críticos, não é a desqualificação da ciência perante outros modelos de envolvimento com o mundo que está em causa, mas sim a necessidade de defenir a relevância dos outros modos de conhecimento.
Nunes também nos afirma que a ciência é uma forma de conhecimento tão válida como os outros meios de ver a realidade e esta, a ciência, não deve desacreditar dos outros meios de produção de conhecimento.
O debate epistemólogico teve uma enorme importância, pois levantou vários problemas. Apartir daí, “Um Discurso”, procurou explorar as implicações dessas interrogações para as transformações «transversais» e para a própria concepção do que é conhecimento. O alargamento do terreno inicial coberto por “Um Discurso” acompanhou a reflexão e a investigação empírica e as relações entre ciência e sociedade, desde os meados da década de 1980.
Ao mesmo tempo, “a ascensão das das ciências da vida... e a sua transformação em big science... veio conferir à biologia um papel central nos debates dos anos 90 sobre o conhecimento e a ciência” ( pag. 62). As novas ciências, como eram chamadas inicialmente, no início, possuíam um leque alargado de temas. A ascenção da biologia contribuio para a formulação de novas interrogações e novos temas. São estes temas que vieram prolongar as controvérsias e os debates analisados em “Um Discurso”.
No decorrer dos anos 90, algumas das novas orientações eram assimiláveis e outras abriram novos campos problemáticos e contribuíram para o surgimento de reorientações.
Assim pode-se dizer que as novas ciências vieram monstrar a