Livro de compromisso da irmandade do senhor dos passos
O livro inicia descrevendo a quantidade de membros que compunham a mesa da irmandade e os assentos pertencentes a cada um deles. A mesa era composta por um provedor, um secretário, um tesoureiro, um procurador, esses primeiros formavam a “cabeça”, doze consultores, formando o “corpo”, e quatro mordomos da capela, totalizando vinte membros. A mesa fazia reuniões periodicamente com data já definida, eram realizadas todos os primeiros e terceiros domingos de cada mês.
Em seguida são descritas as funções e obrigações de cada membro. O provedor tinha autoridade máxima, era ele que coordenava as reuniões, promovendo, caso fosse necessário, votações para decidir assuntos importantes.
Apenas o secretário poderia escrever no livro da irmandade, no caso de sua ausência, o provedor indicaria um dos outros irmãos. Ficando em seu poder todos os livros e papéis.
O tesoureiro, como o próprio nome diz, era a pessoa responsável pelas finanças da irmandade. Em seu poder ficava a chave do cofre e toda quantia em dinheiro que recebia, deveria ser registrada no livro de receitas. Sendo obrigado, a cada quatro meses, fazer um levantamento das contas juntamente com o secretário. O procurador cuidava da gestão da irmandade, observando e apontando as falhas. Quando necessário, fazia advertência aos membros devedores.
O corpo da irmandade era formado por doze homens, sendo compromissados a atender qualquer chamado de reunião e participarem dos votos e pareceres.
Cuidavam da capela, quatro mordomos, em dia de procissão do Senhor dos Passos, deveriam arrumar a capela e acompanhar o cortejo até o final. A eles era entregue a cera da Irmandade, para que a protegessem e a guardassem sob chave. Nas principais festas do ano, ficavam obrigados a ornamentar o altar e a capela do Senhor dos Passos. A partir do nono capítulo, estão descritos no livro, regras gerais dentro da irmandade, tais como, atitudes que os membros não podem tomar