Livre comércio versus protecionismo
Livre comércio versus protecionismo
O tema do livre comércio versus o protecionismo está na essência do conflito entre os liberais e os nacionalistas (Gilpin, 2002, p.206) correndo o risco de terem suas divergências não resolvidas devido à suas premissas e objetivos diferentes. Os temas em debate no conflito entre as duas posições - de um lado liberais e advogados do livre comercio, do outro seus maiores críticos, os nacionalistas - eram dentre muitos: Efeitos do comércio internacional sobre o funcionamento interno dos países e de sua industrialização, efeitos econômicos e políticos da maior interdependência e o papel das políticas governamentais e do poder privado na partida dos lucros.
Os liberais utilizam da análise de fatos históricos para ratificar a soberania da política de livre comércio, utilizando como argumento e exemplo, a superação inglesa de seus rivais após a revolução industrial praticando o livre comércio. Entretanto, na perspectiva nacionalista, a Inglaterra somente adotou a política de livre comércio após o desenvolvimento de suas indústrias econômicas sob o escudo do protecionismo e o fortalecimento contra seus rivais econômicos. Assim, os nacionalistas afirmam que as vantagens de liderar um mercado justificam e exigem a proteção do Estado na industrialização. Em contraponto, os liberais consideram o protecionismo um expediente necessário e temporário como ponte para implementação de um sistema de livre comércio.
Os nacionalistas não tinham como objetivo principal, a curto prazo, o livre comércio e a acumulação de riquezas, mas o poder industrial e fortalecimento do Estado. Assim, admitindo ter como premissa, a superioridade da indústria sobre a agricultura e sobre a produção de matérias-primas. A grande preocupação nacionalistas é a localização internacional das atividades econômicas as quais mais contribuem para a posição política e para o desenvolvimento geral econômico, ou seja, quem produz o quê e