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1. A DIVERSIDADE FUNDIÁRIA DO BRASIL COMO PROBLEMA ANTROPOLÓGICO
Diversidade sócio-cultural do Brasil é acompanhada pela ampla diversidade fundiária. Essa diversidade é marcada pelos vários grupos dentro do Estado-Nação brasileiro e, conseqüentemente, pela forma com que esses se inter-relacionam com seus ambientes:
- inúmeras sociedades indígenas
- remanescentes das comunidades dos quilombos
- comunidades açorianos, pantaneiros, pescadores, jangadeiros, etc Esses grupos costumam ser agrupados sob diversas categorias e adjetivações, que acabam sendo problemáticas devido à diversidade entre os grupos e mesmo dentro deles.
O autor utiliza o conceito de povos tradicionais para analisá-los dentro do domínio do Estado brasileiro.
“A diversidade fundiária, até 20 anos atrás [mudança política no Brasil], era pouco conhecida e aceita no Brasil [reconhecimento pelo Estado]. Com a inclusão de grupos não-camponeses na problemática fundiária, a reforma agrária que se baseava na perspectiva da redistribuição de terras, passa a ter a problemática centrada no processo de ocupação e afirmação territorial, os quais remetem à políticas de ordenamento e reconhecimento territorial” – processo conhecido como OUTRA REFORMA AGRÁRIA. Outra Reforma Agrária – esse processo desencadeou: - homologação das terras indígenas - reconhecimento e titulação das comunidades quilombolas - criação de reservas extrativistas.
Questões centrais:
Quais as razões do sucesso relativo dessa consolidação, quando a reforma agrária original fica encurralada ente confrontos que não avançam?
Objeto:
- Trabalhar o conjunto eclético desses grupos humanos
- Delimitar um campo de análise antropológica centrado na questão territorial desses grupos ao invés de temas clássicos como campesinato, grupos étnicos, raça, etc.
- Foco na questão territorial: não pretendendo