Literatura
Pré–modernismo
Canela/2014
Principais autores e principais obras do Pré-modernismo
Euclides da Cunha (1866 – 1909)
- Os Sertões (1902)
- Contrastes e Confrontos (1907)
- Peru versus Bolívia (1907)
- À Margem da História (1909 - obra póstuma)
Lima Barreto
- Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915)
- Recordações de Escrivão Isaías Caminha (1909)
- Numa e a Ninfa (1915)
- Clara dos Anjos (1948)
- Histórias e Sonhos (1956 – contos)
- Bagatelas (1923 – crônicas)
Monteiro Lobato (1882 – 1948)
- Reinações de Narizinho
- Ideias de Jeca Tatu
- Urupês
- Cidades Mortas
Graça Aranha (Maranhão 1868 – RJ 1931)
- Canaã (1902)
- Malazarte (1911)
- A estética da vida (1920)
- O espírito moderno (1925)
- A viagem maravilhosa (1929)
Síntese “Os sertões”
A TERRA
E começa o espetáculo, apresentando o planalto central nesta primeira parte do livro, com seus diferentes relevos: no sul litorâneo, as maiores altitudes; em Minas Gerais, as montanhas mais altas entram pelo interior e, caminhando para o norte, na Bahia, o aplainamento geral. Nesta região, está o sertão, com uma ondulação de montanhas baixas, limitado pelo rio São Francisco ao norte e ocidente e, ao sul, pelo rio Itapicuru.
Desconhecido e sempre evitado, esse sertão tem um solo seco, sem umidade, estéril, queimado pelas secas e um clima hostil. Euclides escreve: "(...) tem a impressão persistente de calcar o fundo recém-sublevado de um mar extinto". Alguns rios que o cortam transbordam nas chuvas e somem nas secas, deixando, de longe em longe, algumas poças de água no seu leito. O mais importante deles é o Vaza-Barris que, numa de suas curvas, banha Canudos, rodeada de montanhas. O clima do sertão é instável: dias tórridos e noites geladas. O ar é seco e essa secura foi descrita em "Higrômetros singulares". Num trabalho de 1974, a professora Célia Mariana Franchi Fernandes da Silva escreveu: "(...) os cadáveres de um soldado