Literatura
Hans Christian Andersen, ícone mundial no que diz respeito a publicação de contos infanto-juvenis (entre outros) nos mostra em A pequena vendedora de fósforos um cenário de miséria, abandono e infortúnio humano, representado pela personagem principal. É uma mescla de ternura, compaixão, crueldade, desprezo, onde o sentimentalismo é predominante e cordial para o desenrolar da obra.
O conto possui um enredo linear, onde inicia-se com a menina, errante pelas ruas congelantes em neve de algum lugar, em uma noite de véspera de Ano-Novo, a qual, em ruína, busca vender alguns fósforos para poder adquirir algumas moedas de bronze para levar para casa. Em certo ponto, ela para para descansar em frente a uma das casas da rua onde, tremendo de frio, vê a necessidade de acender alguns dos fósforos que possuía para vender para que pudesse se aquecer.
A história vai se construindo através de um enredo que causa melancolia, mostrando as dificuldades e os anseios da menina que, ao se sentar na calçada, vai imaginando cenas que instigam os desejos dela de não estar na sua situação miserável. A cada fósforo aceso, surge uma imagem que representa sua felicidade naquele momento (uma ceia farta, uma árvore de Natal com presentes etc.).
Os personagens que podem ser observados/citados neste conto são indivíduos aparentemente suplementares. A personagem principal, a menina que vende fósforos, é a peça fundamental para o desenrolar da história, a qual sofre ou pratica a maioria das ações do conto. Pode ainda ser considerada como uma personagem tipo, já que, de modo geral, pode se caracterizar como um personagem que representa fraqueza, dor, solidão, exclusão, pobreza/miséria e plano, uma vez que, sendo observadas as características da menina, esta permanece com seu estado de espírito praticamente inalterável ao longo do conto. Ainda surge, como personagem secundário, sua avó que, como se