Literatura
João Simões Lopes Neto
Descendente de uma nobre linhagem chefiada pelo seu avô, Visconde da Graça, nasceu em uma estância nos arredores de Pelotas, em 1865. Simões foi um homem da cidade, urbano e modificado pela sociedade. Não foi um homem do campo na quais muitas pessoas imaginavam. Não conheceu a glória de suas obras, pois elas foram inteiramente póstumas. As suas obras foram um legado para o futuro.
Na metade do século XIX, em um período de grande efervescência político-social, causado pelos movimentos republicanos e abolicionistas, ocorreu a fundação da Sociedade Pártenon Literário - que premia seus autores com a comenda Caldre e Fião - na cidade de Porto Alegre. Tal sociedade reuniu diversos intelectuais rio-grandenses que exploraram os mais variados gêneros literários ao escreverem sobre a cultura e a história de seu estado, sempre mesclando o discurso literário com o político. A partir da década de 1870, ela expressou cada vez mais seu descontentamento com as políticas da Corte Imperial e seu comprometimento com o separatismo.
Os nomes mais importantes do Partenon Literário foram Caldre e Fião, os irmãos Apolinário, Aquiles e Apeles Porto-Alegre, Carlos Von Koseritz, Lobo da Costa, Hilário Ribeiro, Múcio Teixeira e Luciana de Abreu. De fato, Caldre e Fião, presidente da sociedade, foi o autor de A Divina Pastora (1847), o primeiro romance da literatura gaúcha e o segundo da história da Literatura do Brasil – o primeiro é A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo.
O Pártenon Literário cessou suas atividades literárias por volta de