Literatura

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O Cortiço

Em o Cortiço, obra de Aluísio Azevedo, é narrada, inicialmente a saga de João Romão, que representa o capitalista explorador em busca do enriquecimento. Para conseguir esse objetivo ele explora os empregados e lança mão até do furto. Ele é o dono de um cortiço, de uma taverna e de uma pedreira. Sua amante, Bertoleza, escrava cafuza, o ajuda todos os dias da semana, como se fosse uma máquina.
Em oposição a João Romano, surge Miranda, comerciante português que trava uma batalha com ele por uma braça de terra, que deseja adquirir para aumentar o quintal de seu sobrado. Não havendo acordo, há um rompimento entre eles.
Com inveja de Miranda, que possui uma condição mais elevada que ele, João Romão passa por privações para conseguir juntar dinheiro e ficar mais rico que o rival. Porém, quando Miranda recebe o título de barão, João percebe que não basta ter dinheiro, é preciso ter posição social reconhecida, andar bem vestido, frequentar ambientes requintados, adquirir roupas finas, ir ao teatro, ler romances, isto é, participar ativamente da vida burguesa.
No cortiço, moram Jerônimo, português “cavouqueiro”, trabalhador da pedreira de João Romão, representa a disciplina do trabalho, Rita Baiana, mulata sensual e provocante que promove os pagodes no cortiço ela representa a mulher brasileira, Piedade, portuguesa que é casada com Jerônimo, que representa a mulher europeia e Capoeira Firmo, mulato e companheiro que se envolve com Rita Baiana.
Uma demonstração de como o meio muda a vida das pessoas é o caso do português Jerônimo, que tem uma vida exemplar até cair nas graças da mulata Rita Baiana. Então opera-se uma transformação no português trabalhador, que muda todos os seus hábitos.
A relação entre Miranda e João Romão melhora bastante quando o comerciante recebe o título de barão e passa a sentir e a ver a sua superioridade sobre o oponente. Para imitar as conquistas do rival, João Romão