literatura
Valorização do ambiente de escrita Valorização do texto em si
Literatura como aquela que traz Linguagem e estrutura um aspecto da realidade Hoje : Equilíbrio
“Por uma conclusão bem natural, a idéia de civilização, para Jacinto, não se separava da imagem da cidade, de uma enorme cidade, com todos os seus vastos órgãos funcionando poderosamente. Nem este meu supercivilizado amigo compreendia que longe de armazéns servidos por três mil caixeiros; de mercados onde se despejam os vergéis e lezírias de trinta províncias; e de bancos em que retine o ouro universal; e de fábricas fumegando com ânsia, inventando com ânsia; e de bibliotecas abarrotadas, a estalar com a papelada de séculos; e de fundas milhas de ruas, cortadas por baixo e por cima, de fios de telégrafos, de fios de telefones, de canos de gases, de canos de fezes; e da fila atroante de ônibus, “trainways”, carroças, velocípedes, calhambeques, parelhas de luxo; e de dois milhões de vaga humanidade, fervilhando, a ofegar, através da polícia, na busca dura do pão ou sob a ilusão do gozo - o homem do século XIX pudesse saborear , plenamente, a delícia de viver! ...
Na noite estrepitosa, Serafim passeia para cá e para lá. Chegando-lhe os ruídos da farra de despedida em que a voz nasal de Pinto Calçudo tudo domina, produzindo balbúrdia e riso. Vendo-o levantar-se tragando um cigarrinho e se dirigir ao W. C. o nosso herói intercepta-lhe a marcha e passa-se entre ambos o seguinte diálogo: /
— Venha cá... / —