Literatura
--Euclides da Cunha
Esta época apresenta, na literatura, um entrecruzar de várias correntes estéticas. Por um lado, tem-se a queda da proposta realista-naturalista-parnasiana, e de outro uma afirmação da poesia simbolista. Na mesma época, então, vai surgir uma prosa de ficção que, ligada à tradição realista, vai revelar criticamente as tensões da sociedade brasileira.
Não pode ser considerada uma escola literária, mas sim um período literário de transição para o Modernismo.
Referências históricas
Bahia - Rev. de Canudos
Nordeste - Ciclo do Cangaço
Ceará - milagres de Padre Cícero gerando clima de histeria fanático-religiosa
Amazônia - Ciclo da Borracha
Rio de Janeiro - Revolta da Chibata (1910) revolta contra a vacina obrigatória (varíola) - Oswaldo Cruz república do café-com-leite (grandes proprietários rurais) imigrantes, notadamente os italianos surto de urbanização de SP - greves gerais de operários (1917) contrastes da realidade brasileira - Sudeste em prosperidade e Nordeste na miséria
Europa prepara-se para a 1ª GM - tempo de incertezas
Características
Na prosa, tem-se Euclides da Cunha, Graça Aranha, Lima Barreto e Monteiro Lobato que se posicionam diante dos problemas sociais e culturais, criticando o Brasil arcaico e negando o academicismo dominante. Na poesia, Augusto dos Anjos modifica o Simbolismo, injetando-lhe traços expressionistas e revelando uma visão escatológica (cenas de fim do mundo) da vida.
Quanto às características, percebe-se um individualismo muito forte, ainda assim pode-se destacar alguns pontos de aproximação desses autores. ruptura com o passado, principalmente em Augusto dos Anjos que afronta a poesia parnasiana ainda em vigor denúncia da realidade brasileira, mostrando o Brasil não