Literatura Portuguesa e Brasileira: Trovadorismo ao Arcadismo
1) Para compreender em que sentido é tomada a palavra formação, e porque se qualificam de decisivos os momentos estudados, convém principiar distinguindo manifestações literárias, de literatura propriamente dita, considerada aqui um sistema de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase. Estes denominadores são, além das características internas, (língua, temas, imagens), certos elementos de natureza social e psíquica, embora literariamente organizados, que se manifestam historicamente e fazem da literatura aspecto orgânico da civilização. Entre eles se distinguem: a existência de um conjunto de produtores literários, mais ou menos conscientes do seu papel; um conjunto de receptores, formando os diferentes tipos de público, sem os quais a obra não vive; um mecanismo transmissor, (de modo geral, uma linguagem, traduzida em estilos), que liga uns a outros. O conjunto dos três elementos dá lugar a um tipo de comunicação inter-humana, a literatura [...] (CANDIDO, 2007, p. 23-24).
O marco da literatura portuguesa se dá a partir do Trovadorismo, que é marcado por diversas formas de manifestação literária. E como se deu o sistema literário no Brasil?
Como vimos, o marco inicial do Trovadorismo possui um caráter mais didático do que cronológico, podendo variar de autor para autor, dependendo da cantiga considerada como o início do movimento trovadoresco.
Sabemos que o desenvolvimento da literatura não se dá de forma estanque. Mas, dentro de um processo onde as produções de um determinado período têm uma unidade de forma e de conteúdo e situam-se no espaço e no tempo com características próprias. Podendo variar a depender do momento histórico e principalmente de quem a constituí.
Com isto, precisamos repensar sobre a periodização da literatura