Literatura nos direitos humanos
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Segundo o notório estudioso Antônio Cândido de Mello e Souza, a literatura deveria constar nos direitos humanos, pois é um bem incompressível e, como tal, se constitui em uma necessidade universal. Com base nessa proposta, em que a leitura de um texto literário contribui para o desenvolvimento humano? Ao pensarmos em literatura somos remetidos ao universo dos livros, sejam impressos ou virtuais. Em cada um destes livros podemos encontrar uma realidade, um ponto de vista igual ou diferente do nosso, podemos vivenciar sensações como tristeza, alegria, ódio, angustias, esperanças, que nos proporcionam um verdadeiro encontro com nós mesmos, e que muito acresce em nosso desenvolvimento individual. Hoje vivemos em uma sociedade individualista, totalmente informatizada, onde o contato com o próximo está cada vez menor. Isto faz com que os profissionais das diversas áreas, se tornem insensíveis as necessidades que não são as suas. Com base neste quadro e preocupados com a humanização de seus colaboradores, algumas empresas como o Hospital do Coração e Natura, estão oferecendo cursos de literatura para que, com base nos clássicos literários, estes profissionais tornem-se líderes mais humanos, criativos e inteligentes, não simplesmente por formação técnica e sim através das inúmeras vivências emocionais oferecidas por estas obras.
Segundo Bloom (2001, p.24) "para sermos capazes de ler sentimentos humanos descritos em linguagem humana precisamos ler como seres humanos". Esta metodologia foi criada por Dante Gallian (1), fundador do “Laboratório de Leitura” e facilitador do curso oferecido pelo Uniethos, que tem como missão, oferecer capacitação, referência e pesquisa aos meios empresarial e acadêmico, gerando conhecimento e contribuindo para o alinhamento da cultura organizacional aos princípios e práticas da responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável. (2).
(1) Gallian é doutor em história social pela USP, com pós-doutorado pelo Centre de