Literatura: conceito e função
Alan Ricardo de Amorim ressalta em seu artigo “A Literatura em busca de um conceito”, ponderações acerca da natureza e do emprego da literatura como forma de adquirir informação e humanizar o leitor. Por meio da significação da linguagem literária usada para representar o real – uma das funções da literatura -, seguidamente conceituando – a com relação a sua influência sob a vida humana.
Há inúmeras concepções acerca da literatura e suas funções que causam debates, por dar-lhe emprego distinto, variando do período histórico e social de cada geração. No século XX, destacou-se o projeto “O ensino da Literatura”, com a nomeada Aula de Roland Barthes apresentando larga sabedoria no campo da linguagem e suas vertentes inclusive a literária vendo nela uma forma de “puro poder social”.
Já que a língua é uma forma de aprisionar o ser nas estruturas lingüísticas obrigando-o a usá-la pra conseguir se expressar, dessa forma só há uma maneira de se esquivar destes enquadramentos: a literatura, que apesar de utilizar as estruturas lingüísticas, usa-a para expressar emoções e ideologias proporcionando uma nova forma de poder vinculado ao novo valor artístico; renovando os significados e suas representações do real.
Barthes, afirma que ela “joga com os signos ao invés de reduzi-los a um universo já determinado”, Antônio Candido diz que o manuseio da técnica é o fator essencial para afirmar se uma obra é ou não literária. A autora Maria Lajolo, expõe que esta linguagem cria “um espaço de interação de subjetividade (autor e leitor)” para dar-lhe devida importância.
Dentre estas técnicas de manuseio da língua, Umberto Eco retrata o idioleto dentro da produção literária que reproduz as características especificas de um grupo determinado – que a principio causa estranhamento -, mas que faz interagir meios distintos.
Tendo em vista as funções da literatura Candido especifica, primeiramente a psicológica tratando de modalidades como a fantasia –