Literatura Brasileira I
Professor: Fábio César Alves
Aluna: Karina Escobar Rangel
Nº Usp: 9052190
Resumo Esse trabalho tem como intuito a análise dos poemas “Eu nem sei se vale a pena” de Mário de
Andrade (
Lira Paulistana
) e “Morte no avião” de Carlos Drummond de Andrade (
A rosa do povo ). Utilizando o confrontamento da análise dos dois poemas e lançando mão do destrinxamento poético de cada um, a pretenção deste trabalho é criar uma linha comparativainterpretativa dos dois cânones analizados, de forma a alcançar uma interpretação sóciohistórica de ambas as obras e seu impacto na Literatura Brasileira na sua fase Modernista. Palavraschave:
Mario de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Modernismo, Adorno, A rosa do povo, Lira Paulistana, Subjetividade, Social, História.
Mario de Andrade canta a cidade de São Paulo em sua lírica de 45 Lira Paulistana através de uma subjetividade anônima, perdida em meio a cidade modernizada e ainda sim com os traços de atrasos carregados através da História brasileira. A subjetividade explorada pelo poeta nessa fase traz uma exterioridade marcada pela luta de classes, Porém essa luta de classes se dá em um país que não se formou e que a alteridade não é autêntica. Sem arcabouço histórico, social e estrutural o nacionalismo brasileiro é forjado a força e o Estado Novo reafirma esse sentimento de alteridade incompleta.
Em “Eu nem sei se vale a pena”, Mário já nos traz a indisposição do eulírico para com a cidade.
Traz uma subjetividade desiludida, pesada, melancólica e dolorida: Eu nem sei se vale a pena
Cantar São Paulo na lida,
Só gente muito iludida
Limpa o goto e assopra a avena,
Esta angústia não serena
Muita fome pouco pão
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Eu só vejo na função
Miséria, dolo, ferida, Isso