Literartura

Cantigas de amor
Tiveram origem em Provença, Sul de França ao contrário das cantigas de amigo que são de caráter autóctone
Senhor – mulher casada de alto estatuto social (sempre superior ao do próprio trovador)
O trovador é proibido de citar o nome da senhor em questão e obrigado a elogiar os seus valores físicos, psicológicos e morais e a prestar-lhe vassalagem, estando sempre disposto a morrer de amor por ela
Caracterizam-se pelo amor platónico (amor interior, contemplativo e espiritual em que a mulher é vista como o expoente máximo da perfeição; é vista como um ideal e o trovador ama a ideia de a ter)
São sempre escritas na Primavera e contém sempre fingimentos de amor, coita de amor ou morrer de amor.
O sujeito poético morre de amores ou endoidece
Todas as cantigas de amor em geral são maestrias, ou seja, não possuem refrão

Código do amor cortês:
O trovador presta o seu “serviço” à sua dona como um vassalo serve o seu suserano visto que nesta época o sistema político era o feudalismo
Há quatro graus de vassalagem amorosa: o primeiro grau é o grau de aspirante (tenhedor) que se consome em suspiros; o segundo grau é o de suplicante (precador) que já ousa pedir; o terceiro grau é o de namorado (entendedor) é o que está presente em todas as cantigas de amor portuguesas; o quarto grau é o de amante (drut) que só aparece nas cantigas de escárnio e mal dizer
O sujeito poético usa uma língua moderada e contida, nada de exageros e impetuosidade. A esta característica dá-se o nome de mesura, ou seja, paciência infinita do amador, o desejo de servir e o prazer de servir e não para tirar qualquer resultado da sua paixão
Proibição da divulgação do nome da senhor a quem a cantiga é dirigida
A coita do amor, o ensadecer e o morrer de amores são a norma vigente das cantigas

Características formais:
Dobre – Repetição da mesma palavra em diferentes versos da composição poética
Mozdobre – Repetição da mesma palavra mas fletida (ex: trobar/troban)
Finda – Pequeno conjunto de