Linhagem francesa
Com Émile Durkheim começam os fenómenos sociais a serem definidos como objetos de investigação sócio antropológica e, a partir da análise da publicação de Regras do "Método Sociológico", em 1895, começa-se a pensar que os fatos sociais seriam muito mais complexos do que se pretendia até então. No final do século XIX, juntamente com Marcel Mauss, Durkheim se debruça nas representações primitivas, estudo que culminará na obra "Algumas formas primitivas de classificação", publicada em 1901. Inaugura-se então a denominada "linhagem francesa" na Antropologia.
Seu principal trabalho é na reflexão e no reconhecimento da existência de uma "Consciência Coletiva". Ele parte do princípio que o homem seria apenas um animal selvagem que só se tornou “humano” porque se tornou sociável, ou seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo social para poder conviver no meio deste.
Para Émile Durkheim, o indivíduo - visto de maneira isolada - não pode ser considerado objeto ideal para o estudo da Sociologia, sendo, portanto, um elemento inadequado para o estudo e a compreensão apropriada do conceito de “fato social”. alguns pontos que me parecem fundamentais para compreender o pensamento de Durkheim: Os fatos sociais devem ser tratados como coisas;
A análise dos fatos sociais exige reflexão prévia e fuga de ideias pré-concebidas;
O conjunto de crenças e sentimentos coletivos são a base da coesão da sociedade;
Destaca o estudo da moral dos indivíduos
A própria sociedade cria mecanismos de coerção internos que fazem com que os indivíduos aceitem de uma forma ou de outra as regras estabelecidas (a explicação dos fatos sociais deve ser buscada na sociedade e não nos indivíduos – os estados psíquicos, na verdade, são consequências e não causas dos fenômenos sociais)
No texto “Algumas formas primitivas de classificação” os autores se colocam em oposição à psicologia contemporânea, no que diz respeito ao