Animal Politico
O Homem – “animal político”
-Aristóteles foi o primeiro autor que defendeu a ideia do “impulso associativo natural” do homem, pois, onde quer que este esteja, seja qual for a época, mesmo nas mais remotas, surge sempre em estado de conveniência e associação com os outros.
O homem singular, completamente isolado e vivendo só ou próximo dos seus semelhantes, mas sem nenhuma relação com eles, não se encontra na realidade concreta da vida, a não ser na ficção de Robinson Crusoé.
Contudo, alguns outros animais também são sociais. Veja-se, por exemplo:
As abelhas e a sua fascinante organização social, a partir da intrincada e elaborada colmeia, onde se evidencia uma forma de organização do trabalho, com divisões internas das funções sociais;
As formigas e os castores – com divisões internas das funções sociais – ou lobos, leões e chimpanzés, que, alem dessa organização para viverem em sociedade, já possuem certa inteligência social, pois são capazes de organizar a caça coletivamente.
Quer isto dizer que, de uma forma geral, muitos animais são sociais, quando vivem agrupados. Porém, o facto de viverem agrupados não significa que, na generalidade, tenham qualquer princípio de organização, nem se quer o de se defenderem coletivamente e organizadamente. Por exemplo, uma manada de gado entra em debandada ao menor sinal de perigo, sem se preocupar com autodefesa.
Ora, de acordo com Aristóteles, é esta capacidade de organização que permite afirmar que o “homem é um animal político” e não apenas social. Muitos outros animais são sociais, mas não políticos.
Quer isto dizer que os seres humanos possuem uma inteligência social, ou seja, a capacidade de agir coletivamente, a qual resulta numa maior capacidade de interação social. Em suma, só através da convivência e da cooperação com os outros o homem pode beneficiar dos conhecimentos, da produção e da experiencia, acumulados através de gerações, pelos seus