Linguistica
LÍNGUA COMO PRÁTICA SOCIAL
Nos últimos anos, o estudo do discurso tem crescido dramaticamente na Antropologia e na Linguística, formando um conjunto de sinônimos, conceitos e temas. Neste há um conjunto de temas acerca da organização e da interpretação do texto, trabalhando uma seleção de abordagens linguísticas, antropológicas, sociológicas e criticas. O texto é composto de sentenças interconectadas, podendo ser tomado para designar qualquer configuração de signos coerentemente interpretável por alguma comunidade de usuários. O termo “signo” levanta questões sobre tipologia textual. O qualificador “coerente” distingue o texto de um conjunto indefinido de outros fenômenos não-textuais ou antitextuais. O fato de haver interpretabilidade por parte de uma comunidade de usuários situa o texto não tanto na estrutura imanente de um discurso mas, principalmente, na matriz social no interior da qual o discurso é produzido e compreendido. Texto e textualidade são, portanto, partes de uma família de conceitos livremente interconectados, que inclui ao menos os seguintes conceitos: “co-textos”, que designa o fragmento discursivo associado a uma porção textual em um dado texto; ”meta-texto”, é quando o discurso descreve, estrutura ou se refere à interpretação de algum texto; “con-texto”, é quando o texto responde e sobre o qual ele opera. O que poderia ser chamado de “pré-texto” inclui tudo o que prepara o terreno para o texto ou justifica sua produção ou interpretação; “sub-texto”, focaliza os conhecimentos ou temas que formam o plano de fundo ou as dimensões de um texto, mas não explicitamente afirmadas. A miríade de resultados e de conseqüências da produção, distribuição ou recepção de um texto, se pretendidos e previstos ou não, poderiam ser pensados como um “pos-texto”. O sentido semântico preciso do termo “texto” muda, dependendo de qual parte da variedade de conceitos se escolhe compreender.
De uma perspectiva lingüística, o texto