linguistica textual
Resumo elaborado por Rogério Moreira dos Santos1
LINGUÍSTICA TEXTUAL Na história da constituição do campo da linguística de texto, não houve um desenvolvimento homogêneo, porém é possível distinguir três momentos que abrangeram preocupações teóricas bastante diversas entre si. Em um primeiro momento, o interesse predominante voltava-se para análise transfrástica, ou seja, para fenômenos que não conseguiam ser explicados pelas teorias sintáticas e/ou pelas teorias semânticas que ficassem limitada ao nível da frase; em um segundo momento postulou-se a descrição da competência textual do falante, ou seja, a construção de gramaticas textuais e em um terceiro momento, o texto passa a ser estudado dentro de seu contexto de produção e a ser compreendido não como um produto acabado, mas como um processo, resultado de operações comunicativas e processos linguísticos em situações sociocomunicativas. Na análise transfrástica, parte-se da frase para o texto, o fenômeno da co-referenciação, ultrapassa a fronteira da frase e só pode ser melhor compreendido no interior do texto.
As proposta de elaboração de gramáticas textuais, surgiram com a finalidade de refletir sobre fenômenos linguísticos, enexplicáveis por meio de uma gramática de enunciado, os autores consideram que não há uma continuidade entre frase e texto porque há, entre eles, uma diferença de ordem qualitativa e não quantitativa, já que a significação de um texto, constitui um todo que é diferente da soma das partes; consideram que um texto é a unidade linguística mais elevada, a partir da qual seria possível chegar, por meio de segmentação, a unidade menores a serem classificadas, consideram que todo falante nativo possui um conhecimento acerca do que seja um texto, conhecimento este que não é redutível a uma análise frasal, já que o falante conhece não só as regras subjacentes às relações