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Mais contribuições do mestre Reinaldo Pimenta:
Mão Veio do latim manu, mão. E por que as ruas têm mão? Por incrível que pareça, o engarrafamento surgiu antes do automóvel. Em 1847, a movimentação de carruagens, carroças, etc. nas ruas da cidade do Rio de Janeiro era tão grande que o governo expediu um edital estabelecendo direção única nas vias mais movimentadas. Para orientar os condutores dos veículos, foi afixada em cada esquina uma placa de metal com o desenho de uma mão com o dedo indicador estendido, apontando a direção do trânsito. Depois, no século XX, veio o automóvel e as placas das esquinas passaram a ter uma seta no lugar do desenho da mão, mas as expressões mão e contramão já tinham caído para sempre no gosto popular.
Marmelada Veio de marmelo + a terminação -ada (como em bananada, pessegada). Marmelada ganhou o sentido de combinação prévia e desonesta do resultado de um jogo porque é comum o doce, a marmelada, levar chuchu como liga para enganar o freguês.
Pão-duro No início do século XX, transitava no Rio de Janeiro um mendigo apelidado de Pão Duro, porque vivia pedindo um pedaço de pão duro para comer, pelo amor de Deus. Quando ele morreu, descobriu-se que era um pequeno milionário com contas em bancos, imóveis nos subúrbios, etc. Quer dizer, o homem amava a mendicância.
Paraninfo Veio do latim paranymphu, derivado do grego paranýmphos, formado de para (junto de) + nýmphe (noiva). Na Grécia e em Roma, era quem protegia o noivo ou a noiva. O paraninfo (ou a paraninfa) tinha muitas incumbências, entre elas: (a) examinar e exibir os sinais de pureza da noiva; (b) preparar o casamento e o quarto dos noivos; (c) dormir no quarto ao lado na noite nupcial, para prestar pronto socorro no caso de ameaça à integridade física da noiva; (d) depois da lua de mel, contornar eventuais desavenças entre o marido e a mulher.