Linguagem Literária da Modernidade
O cenário era de mudanças, houve uma revolução histórico-cultural na medida em que se foi buscando novos paradigmas. Apenas os grandes centros urbanos conseguiram modernização; e é nesse ponto que se deu o descompasso entre a modernidade e a modernização. Apenas os centros de referências das oligarquias conseguiram se desenvolver, mas ficaram as outras cidades no esquecimento. Nesse panorama é que o homem começa a desenvolver o olhar critico sobre as radicais transformações que atravessa a sociedade, e esse olhar crítico, vai se refletir em todos os campos, principalmente nas artes. O Modernismo é um movimento literário brasileiro, que surge com o intuito de renovar as idéias de literatura e dos escritores; quem vem trazendo em si o desejo de expressar-se livremente, rompendo as regras, privilegiando temas como a realidade brasileira com uma critica radical às instituições já ultrapassadas, ineficaz e incompetente. Percebe-se que nessa fase, ainda não havia um desejo e uma necessidade de transformação, esse fato viria acontecer só na segunda fase do movimento, na década de 30, em que o mundo inteiro passa por uma revolução de caráter social e econômico. Nessa fase o movimento modernista passa a ser visto por alguns críticos sobre duas óticas: A estética e a ideológica.
A linguagem da modernidade tanto na estética quanto na vida social apresenta um anti-convencionalismo temático, e inovação dos conteúdos que encontram correspondência também nesta linguagem. Além das inovações técnicas, a linguagem torna-se coloquial e espontânea, mesclando expressões da língua culta com termos populares, o estilo elevado com o estilo vulgar. Há uma forte aproximação com a fala, isto é, com a oralidade, e geralmente desejam denunciar a realidade como ela é. Assim, liberto da escrita nobre, o artista volta-se para uma forma prosaica de dizer, feita de palavras simples e que, inclusive, admite erros gramaticais. Os esforços redefinem a linguagem