LINGUAGEM JURIDICA EXCL
Texto difícil, chato, linguagem ultrapassada, expressões que "ninguém entende". Essas são algumas das reações mais comuns entre os leigos em Direito quando apresentados ao texto jurídico. Comentários como esses, que até pouco tempo pareceriam somente uma crítica infundada, oriunda da ignorância do saber legal, passaram a ser vistos no meio jurídico como obstáculo real ao bom exercício da atividade.
A simplificação do texto jurídico está entre os objetivos do escritório de direito empresarial Manhães Moreira Advogados Associados, em São Paulo. Desde sua fundação, há 14 anos, seus sócios vêm trabalhando no sentido de tirar expressões rocambolescas dos textos de seus advogados, a fim de facilitar o relacionamento com os clientes, e como forma, até mesmo, de melhorar os resultados de sua atuação no Judiciário.
O sócio fundador do escritório, advogado Joaquim Manhães Moreira, é um árduo defensor da simplificação da linguagem jurídica no dia-a-dia dos operadores do Direito. "Sempre quis ser o Joelmir Beting do Direito", disse, comentando a marca registrada do jornalista econômico que consegue explicar os altos e baixos da economia em termos simples do cotidiano, permitindo que todos entendam.
Graduado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo, há 32 anos, e especialista em direito empresarial e tributário, Joaquim Manhães Moreira concedeu entrevista à Visão Jurídica e falou sobre os benefícios da simplificação da linguagem, sobre o método que utiliza para abolir a linguagem tradicional e conservadora em seu escritório e apontou o que considera ser os principais quesitos do texto jurídico ideal.
Visão Jurídica - O escritório Manhães Moreira tem um trabalho intenso no sentido de simplificar a linguagem jurídica utilizada pelos seus advogados. Por quê?
Joaquim Manhães Moreira - A simplificação da linguagem jurídica é uma preocupação grande do escritório desde sua fundação, há 14 anos. O advogado é acostumado a