Linguagem - caráter explicativo x caráter explicativo
Caráter explicativo X Caráter explícito (...). O caráter explicativo da linguística se relaciona com a exigência de verificação empírica. O linguista parte de alguns dados iniciais sobre a língua, formulando hipóteses teóricas a partir desses dados. Essas hipóteses, por sua vez, terão de ser empíricamente comprovadas não só pelos dados iniciais, mas também por quaisquer outros que se revelarem relevantes. Da verificação empírica é que resultará (ou não) a validade científica das hipóteses. Não sendo confirmadas as hipóteses iníciais essas são reformuladas, até até que se chegue a uma hipótese que cubra todos os fenômenos em análise – os que serviam de ponto de partida e os demais do mesmo tipo. Por exemplo, se se está estudando a voz passiva, a hipótese teórica terá de explicar não só os enunciados passivos que servirá de base para a análise, mas qualquer enunciado na voz passiva na língua estudada. Isso tudo quer dizer que uma hipótese só tem validade se tem valor explicativo, isto é transcender os dados de modo que possa até predizê-los. A atribuição de caráter explicativo à linguítica se deu após o gerativismo. O estruturalismo não xse preocupava em explicar os dados (nesse sentido técnico de “prever novos dados”) limitando-se a descrevê-los Por fim, o caráter explicito da linguística diz respeito à exigência de definição clara, precisa, coerente e pormenorizada dos pressupostos teóricos da análise, assim como dos termos nela usados, e de caracterização detalhada de todas as fases da argumentação inclusive as intermediárias. Essa característica também esteve de modo geral ausente dos estudos da gramática tradicional. Exemplifiquemos com a classificação das palavras em partes do discurso, e, mais precisamente, com a classe dos substantivos. Essa parte do discurso, distinguida poe Platão no século V a.C., é