Linguageens - LIBRAS

Após a leitura desse livro, as opiniões do leitor a respeito da surdez são mudadas, pois infelizmente, mesmo após 50 anos de ela ter recebido o status lingüístico de que LIBRAS é língua, há muitas pessoas que não acreditam/entendem essa legitimidade e que pensam de maneira equivocada sobre os surdos e sobre a língua de sinais. Ao final da leitura, os leitores podem afirmar que o objetivo desse livro foi alcançado, pois passamos a pensar melhor em algumas questões relativas à surdez, fazendo com que tenhamos um ponto de partida para repensar algumas crenças, práticas e posturas sobre as transformações que marcam a área da surdez na atualidade e chegar a um novo olhar, a uma nova forma de narrar a realidade surda.
Em exemplos mais claros, o livro nos mostra se a LIBRAS é universal ou não, se tem gramática própria, se é mímica, se é icônica, se é um código secreto, qual o melhor ‘termo’ para dar ao surdo, nos explica melhor sobre o passado do surdo, sobre os tipos de surdez, os aparelhos auditivos, sobre os intérpretes, sobre os direitos do surdo e os deveres dos ouvintes e muitos outros pontos que não são (ou até então não eram) claros para a sociedade em geral.
Os discursos sobre o surdo, a língua de sinais e a surdez "abrem-se" para dois mundos desconhecidos entre si: o do surdo em relação ao mundo ouvinte e o do ouvinte em relação ao mundo surdo. Estamos vivendo um período de transição, de modificações e com certeza os indivíduos que lerem este livro estarão colaborando de maneira mais significativa neste momento tão importante de mudança.
O conteúdo do livro ‘abre a mente’ dos leitores ouvintes – e até dos surdos -, quebrando tabus e desfazendo preconceitos: logo, o autor foi muito feliz ao redigi-lo e alcançou, sim, seus objetivos! “Libras: que língua é essa?” de Audrei Gesser é um excelente livro, com o conteúdo rico, de maneira clara e coerente, que pode alcançar diferentes públicos: surdos, ouvintes, leigos, profissionais da surdez, estudantes,